Vi um Palácio Taguaré, sóbrio. Diria: quase triste. Com poucas flores e cores, embora cheio de parnanguaras por todos os lados, me fazendo sentir em território doméstico. Até parece que uma austeridade estética se instalou ali. A começar pelo resgate simbólico da monocromática logomarca da APPA, criado pelo portuário e artista plástico Dartagnan Lagos, em 1970, vindo substituir aquela de coloridos chifrinhos – como alguém lembrou em voz alta – puxando o riso.
Segundo Vidal Maron, com a volta da marca “o porto volta a ser o quê sempre foi”. É claro que o Darta vai fazer uma releitura da logo e trazer conceitualmente o porto para o Terceiro Milênio. Aquelas linhas fofinhas parecem mesmo coisas de outra época. De um tempo mais ingênuo, de quando éramos jovens e cantávamos paz e amor nas setas de um porto que vai e vem. Tudo era azul. Claro ou marinho.
É... não custa tentar aplicar os símbolos para retroceder no tempo, buscando alguma invocação mágica, porem o foco tem que estar no aqui, agora e é na atitude que vamos conquistar de fato aquilo que precisamos ter neste momento: Uma comunidade portuária forte, coesa, respeitosa de princípios éticos para sermos o porto dos sonhos, principalmente para a comunidade que também precisa experimentar o sabor do doce mel traduzido em excelente qualidade de vida.
Naquela távola de encontros o destaque foi a declaração de amor e lealdade daqueles portuários com mais de 40, ou mais, anos de carreira pelo bom e velho porto.
Uma nova oportunidade está se fazendo. Instauram-se mais uma vez esperanças de dias melhores para Paranaguá e que o superintendente Vidal Maron finque a nossa bandeira de uma vez por todas para nos fortalecermos como uma comunidade portuária exemplar, que somos para o Brasil e o mundo, com eficiência e retorno para todos. De Fato!
