terça-feira, 9 de junho de 2009

ESTIVE NO MEIO DO BOM AMBIENTE.


Se eu pudesse mensurar o tamanho dos parabéns, digamos que seria deste “tamanhão”. Parabéns ao IBAMA, idealizador da Semana do Meio Ambiente – que está na sua quarta versão e a terceira do Aeroparque – Parabéns à Prefeitura, as suas secretarias, fundações e às empresas parnanguaras que deram um show de competência fazendo acontecer algo concreto e vantajoso em prol da comunidade de Paranaguá.
Os estudantes, talvez, foram os mais beneficiados. Aos bandos corriam prá lá e cá. Olhavam deslumbrados os microscópios, atentos assistiram apresentações de colegas. Dava gosto vê-los saciando curiosidades como os meninos de ontem: sem mause!
Ali a população colheu informação de qualidade, pode vivenciar oficinas como a do artesão Chiba, oferecida pela Fundação de Cultura, onde muitos interessados se deixaram encantar com a feitura do chapéu havaiano de folha de palmeira. Uma inacreditável obra de arte trançada com habilidade de mestre.
Durante quatro dias o Aeroparque se transformou num belo espaço apropriado de lazer, entretenimento, cultura, educação e movimento, destinado à reflexão, saúde e qualidade de vida. Além das confraternizações entre expositores e visitantes, havia o brinde que sempre traz alegria, por mais bobinhos que possam parecer. Ali na feira, como é praxe em eventos deste gênero, os brindes são pequenos mimos com ótimos resultados no acolhimento aos visitantes. Principalmente se as mulheres ganharem flores e mudinhas de plantas.
Trouxe muda de palmito para reflorestar o meu quintal e um cheirinho aconchegante da fibra de bananeira transformada em refinado artesanato local.
Tenho acompanhado a feira e está notório o seu crescimento através da comunicação visual, da organização, do empenho de todos. O colorido e a comunicação imediato dos banneres, a população passeando, tudo isto fizeram a festa do Sempalavras que mais uma vez registrou os bons momentos da comunidade.
É gratificante reconhecer resultados semeados há muito tempo e sentir Paranaguá se revestindo de atualizações. A feira está dizendo que veio para ficar e a cada ano estará melhor. A participação do Grupo Cultural e Social “Very Good”, uniu forças numa mesma direção com arte, cultura e reciclagem e principalmente, dando dignidade aos catadores e seus familiares. A festa também foi para eles.
A Feira do Meio-Ambiente foi uma vitrine daquilo que Paranaguá está buscando com qualidade e criatividades para estar no meio do mais rico e paparicado patrimônio vegetal: A Mata Atlântica.
Os veteranos do meio-ambiente feito os técnicos do IBAMA, IAP, EMATER estavam orgulhosos. Com razão. A profissional Mary Neide, da Orange Decorações idem,idem com aspinhas - feliz com os resultados do seu trabalho em estandes como o da Petrobrás, Cargil, Fospar, Pasa, Mosaic que trazem referências das suas metropolitanas matrizes, empregando e/ou oferecendo recursos, talentos, trabalho e serviços para a comunidade local. Este é o melhor exemplo de incrementar e cuidar do meio ambiente, numa semana dedicada a ele. Estou dizendo: Paranaguá está no caminho da evolução estética e, tomara: ética.
O prefeito José Baka Filho também estava colhendo e divulgando algumas conquistas antigas da área. Ali no Aeroparque ele anunciou a criação do Parque do Guará e do PAC Ambiental de Paranaguá, que vai cuidar de grandes obras no setor. O lacre definitivo do “lixão” do Embucuí é uma delas – com processo iniciado quando Baka era o secretário de Meio Ambiente, da gestão Carlos Tortato. O plantio de milhares de árvores na cidade é outro, digamos, projeto inspirado ou, um desdobramento iniciado também quando Baka estava à frente da SEMA, com a Festa da Vida. Há 15 anos atrás.
É perceptível a sensibilidade que o prefeito tem para a causa. As jaqueiras seculares no meio da rua Samuel Pires de Melo, estão ali porque o Baka fincou pé assim como ele, literalmente, fincou de volta o pé de tamarineira que um vento derrubou no Mercado. A tamarineira também era secular e fez muito homem grandão chorar quando a viram estirada de raízinhas para o alto. Os chorões não conseguiam aceitar que a silenciosa testemunha parnanguara tinha se acabado. Ainda bem que o Baka, também, não acreditou.
Cada vez que passo por ali, mesmo não querendo, lembro do Baka idealista que fez a árvore brotar. A placa de bronze foi a atitude que ficou. Vingou. Assim como a Feira do Meio-Ambiente também está sobrevivendo, com garra, pela união em torno dela. Elementar, caro Watson!!