segunda-feira, 3 de maio de 2010

HOMENAGENS ALÉM DA SERRA.






No ultimo dia 26, um grupo parnanguara foi selecionado para receber um certificado, com pompa e circunstância na Assembléia Legislativa. Trata-se de uma honraria concedida pela 16ª vez pela FOTRAPAR – Fundação Força Trabalhista aos trabalhadores pela passagem do Dia Internacional do Trabalho. Entre eles o prefeito José Baka Filho - que não esteve presente - e o empresário Cilo Coelho, do PMDB, que falou em nome dos empresários homenageados. Ao todo foram mais de trezentas personalidades, famosas e anônimas laureadas. Aqui de Paranaguá seguiram - além de empresários, políticos e candidatos -, sindicalistas. E, imprensa: Gilberto Fernandes, Thiago, Ciro Gimenes e eu. Antonio Gebran, da Folha do Litoral, também estava entre os outorgados, acompanhado pela sua bela e sempre simpática Jaqueline.
A subida da Serra foi quase em ritmo de suspense. O Secretário Municipal, Bira Maristany, ao ser recolhido pela van, comunicou que anunciavam um tufão. O horizonte estava plúmbeo. No interior escuro do carro, o jornalista Gilberto Fernandes, contava dos seus quase 20 anos de profissão.
Segundo ele vai render um livro. O que certamente será bem vindo porque terá história e estórias dos bastidores da cidade do final e do início dos dois últimos Milênios. É... Ele poderá contextualizar Paranaguá neste período de tempo através do seu ponto de vista. Intrigante perspectiva.
A gargalhada contagiante do polêmico jornalista espanta a trovoada. A travessia da Serra do Mar valeu um inventário profissional. Lembro quando ele apareceu na Prefeitura lá por 93, amigo do então Chefe de Gabinete, Sérgio Rocha, vendendo antenas parabólicas.
Olhando por um certo ângulo, creio que a antena seja uma metáfora para aquilo que ele mais gosta de fazer: Descobrir e descrever a rede de intrigas palacianas e desvendar furos do poder. Ele gosta de causar um certo incomodo na corte. E causa! Isto foi confessado entre risos e confidencias nada sussurradas. Escandalosas!
Entre as peripécias de colunista do tipo “Custe o que Custar” ele me contou que em alguns carnavais, trabalhou com segurança. Segurança? Será que o colega viaja na maionese ou os bastidores dos “catucadores” de vespa não é o melzinho na chupeta dos meus contos de Carochinha?
Lá fora roncou a trovoada e o raio desceu estalando o abismo da serra. A luz iluminou o carro congestionado de gente. Eles foram entrando enquanto me distraia com o Gil. Na sua maioria eram colegas sindicalistas que se reencontravam entre piadas e causos da labuta. Do cais - Ò, palavra bonita esta: Cais! (Lembra a belíssima música domesmonome cantada peloMilton Nascimento)
Entre uma narrativa profissional e outra, Gil revelou a sua vida familiar de pai extremamente carinhoso e presente. Aquilo que um dia foi uma grata surpresa, acabara de se consolidar.
Chegamos na Assembléia com estiagem. Um pouquito atrasados porque afinal somos de Paranaguá. Tem serra, tinha chuva e rush na Capital. Além é claro, da diferença de fuso horário praticado nesta banda litorânea.
A Casa do Povo estava cheia. Tinha gente pendurada até o teto. Eram os homenageados, suas famílias e convidados. A mídia estadual e das assessorias ofereciam um estatus efervescente ao local. As pessoas estavam com as almas engalanadas.
Paranaguá fez bonito na figura do empresário Cilo Coelho que proferiu um discurso aplaudido com vigor. Se vi certo naquele movimento, fotografei apenas a empresária Soeli Cooper da Carvalho, como a única mulher parnanguara que recebeu o diploma.
Até aqui? Uns 15 homens homenageados contra uma. Covardia!
E por falar em mulheres, estava ali a presença simpática da Primeira Dama, Regina Pessuti e a estrela Gleisi Hoffman que catalisou atenção maior que todos os homens ali juntos. Gleisi é musa de qualquer evento político do Paraná. Durante a noite de flash ela não se cansou nem cessou o sorriso carinhoso. Disputada pelas maquininhas digitais ela tranqüilizava assessores: “Eu gosto de ser fotografada”. Quem sabe faz a hora!
Antes da descida, houve a tradicional confraternização da churrascaria. Uma mesa cheia de inocentes garrafas de refrigerantes, surpreendeu. Não havia nenhuma garrafa de cerveja na mesa dos irmãos sindicalistas.
Quando caíram em si, nem eles acreditaram e alegaram que foi a presença do pastor Reinaldo que causou o milagre. Gilberto Fernandes fez o registro que considerou histórico.
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