terça-feira, 28 de dezembro de 2010

FELIZ ANO NOVO BRASIL, FAMÍLIA, DONA LINDA, MIGUELZINHO (QUE ACABOU DE CHEGAR AO MUNDO) e FELIZ ANO NOVO DEDÉ LANDIM...

... Feliz Ano Novo...Sempre!
Dizer que o final do ano é tempo de reflexões é uma bobagem, embora já tenha dito isto inúmeras vezes. Na véspera da Terceira Idade estou refletindo a cada segundo. Não tem mais esta de esperar o final do Ano... É o aqui - agora bem presente. Faço retrospectiva o tempo todo.
Estou reaprendendo a me mexer porque entendi que vida é movimento. Varrer é um exercício fantástico. Descobri que a vassoura é a minha varinha de condão. É impressionante a mágica da varrição. É uma coisa que não dá para acreditar, mas que las aí, aí!
Bem que mamãe dizia!
Acabei de soltar a minha Bruxinha que deixei presa no jardim entre o sino dos ventos, das rosas loucas do Rocio... Entre as Amarílis e os cachos de acácia da dona Isaura, que estão explodindo de tão lindas. Chovem pétalas, cobrem o chão de amarelo-ouro e sol... A minha Bruxinha tem véus verde-amarelo, segura a vassoura entre as mãos e tem um sorriso enigmático... Será que ela tem dúvidas sobre o verdadeiro sentido da vassoura? Para voar, os magos tecnológicos gostam é de aspirador de pó, né?
A velha e boa vassoura serve muito bem para espantar os demônios, que gostam de se esconder nos entulhos e assustar os anjos do meu Eden... Xô!
Existe Bruxinha- de - Jesus? Pois, é? Segurem os seus ímpetos da Santa Inquisição... O meu Deus é de tolerância, de compreensão, colorido e eclético, amoroso como um Pai Responsável... Num ato simbólico fui fotografá-la no jardim e como sempre a minha resposta estava ali. O triângulo da Santíssima Trindade se deixou registrar sob a Bruxinha... Gosto destes sinais que só a arte e a poesia me concedem. A conversa se faz em códigos eternos: elementar e primordial...
O meu jardim está bombando em flor. O hibisco pompom, laranja-avermelhado, ao lado da rosa pink está um escândalo. As flores azuis e rosas, nativas da mata atlântica, reinam no pedaço junto com as catléias e bromélias.
Sem demagogia, estou feliz com as descobertas da minha Terceira Onda. Quando descobri, o primeiro fio de cabelo branco. Achei-o lindo. Era de ouro e está ficando prata, da cor predileta! A surpresa e a alegria saíram de dentro de mim num pulo inesperado, então, deduzi que o meu envelhecer vai ser bom. Nunca será nada pesado, mesmo que, às vezes, as minhas pernas pareçam de chumbo. Em janeiro, faço o meu último ano antes de me tornar uma idosa oficial. Documental.
Estou aprendendo a cada vez mais agradecer à Vida pelo resultado que estou colhendo. Fui eu quem fez a minha Vida. Bem ou Mal ela resultou realmente, das minhas escolhas, do meu livre-arbítrio. E, não me arrependo delas. Arrependo-me, com certeza, daquilo que deixei de fazer... Porem, como a Vida, ainda não cessou, terei outros momentos de escolha e espero estar íntegra para o discernimento correto... Esta possibilidade Cristo me concedeu...
Porém, espero acatar com mais serenidade aquilo que a Vida me oferecer e aceitar os rumos inesperados que Ela propor e que eu tenha a coragem de saciar – sempre- a minha curiosidade. Que eu consiga ir em frente, mesmo que pare nos mirantes e fique apreciando a paisagem por mais tempo que deveria... Se eu fiquei ali, parada, sem movimento, estava alimentando a alma. Nutrindo a mente. Recompondo a bagagem essencialmente necessária... O caderno e a caneta seguem comigo. Ou, para falar a linguagem contemporânea, o computador vai junto para a barranca do Mar de Lá.
Este é um desejo lúcido de vida que vou perseguir como uma náufraga que chega numa ilha boa ... Meu coração é do mangue do Mar de Lá... Sinto-me, cada vez mais caiçara. Espero que o meu caboclo e os caboclinhos também possam, um dia, gostar dali...
O melhor presente que eu poderia ter me dado foi restabelecer, no dia 25, o contato com a Comadre Dedé Landim, no Rio. Foi amor e determinação. Não poderia deixar a minha amiga tão longe de mim. Nós nos precisamos como seres contemporâneos, gente de uma mesma geração. Eu preciso da sua carioquice. Do seu ponto de vista. Da sou cabeça aberta e avançada. Sua parabólica com Bombril púrpura captando a poesia daquele apartamento do Leme. Noutros anos daquela janela víamos o movimento do Jet-set , no Meridien...
Quero que ela me conte aquilo que vê desfilando por ali. Sei que a vida simples e cotidiana, fervilha na Rua Gustavo Sampaio e as lentes da Dedé registram com a genialidade dos artistas as coisinhas do dia-a-dia, naquele edifício com cheiro de madeiras antigas, de um Rio lendário que, ainda, permanece por ali.
Somos amigas forever, mas, deixei a vida nos separar... Voltar para perto de uma amiga assim é me reencontrar, também. Uma guinada para dentro de mim. Para a minha eterna juventude. É dividir respostas... experiências... resultados... É um canal de comunicação extremamente abrangente e poderoso capaz de tornar o abstrato, concretíssimo...
Como Dedé disse: A tecnologia é uma M... porque perdemos a sensualidade da comunicação ao vivo e a cores. Em carne e osso. Nada substitui as sutilezas da comunicação presente... Viajar com Dedé nesta Estrada sempre foi evolutivo... Estamos de volta e vamos nos comunicar pela net. Está decidido. Amém!
Nesse Novo Ano estou com o Leme à mão. Não resisto ao trocadilho e aproveito para mandar “Aquele Abraço” para a minha vizinha e pedir perdão pela frustração que lhe causei por um equívoco na comunicação...Os corpos estavam na mesma rua, mas as almas moram em universos diferentes... Coisas da Vida.
Edmundo me comunica que a Dilma instituiu a República das Calcinhas e contratou seis seguranças femininas para o Dia da Posse. Observações de um machista legítimo...
São as Amazonas da Dilma, uái, que vão acompanhá-la correndo ao lado do Rolls Royce .