terça-feira, 28 de dezembro de 2010

FELIZ ANO NOVO BRASIL, FAMÍLIA, DONA LINDA, MIGUELZINHO (QUE ACABOU DE CHEGAR AO MUNDO) e FELIZ ANO NOVO DEDÉ LANDIM...

... Feliz Ano Novo...Sempre!
Dizer que o final do ano é tempo de reflexões é uma bobagem, embora já tenha dito isto inúmeras vezes. Na véspera da Terceira Idade estou refletindo a cada segundo. Não tem mais esta de esperar o final do Ano... É o aqui - agora bem presente. Faço retrospectiva o tempo todo.
Estou reaprendendo a me mexer porque entendi que vida é movimento. Varrer é um exercício fantástico. Descobri que a vassoura é a minha varinha de condão. É impressionante a mágica da varrição. É uma coisa que não dá para acreditar, mas que las aí, aí!
Bem que mamãe dizia!
Acabei de soltar a minha Bruxinha que deixei presa no jardim entre o sino dos ventos, das rosas loucas do Rocio... Entre as Amarílis e os cachos de acácia da dona Isaura, que estão explodindo de tão lindas. Chovem pétalas, cobrem o chão de amarelo-ouro e sol... A minha Bruxinha tem véus verde-amarelo, segura a vassoura entre as mãos e tem um sorriso enigmático... Será que ela tem dúvidas sobre o verdadeiro sentido da vassoura? Para voar, os magos tecnológicos gostam é de aspirador de pó, né?
A velha e boa vassoura serve muito bem para espantar os demônios, que gostam de se esconder nos entulhos e assustar os anjos do meu Eden... Xô!
Existe Bruxinha- de - Jesus? Pois, é? Segurem os seus ímpetos da Santa Inquisição... O meu Deus é de tolerância, de compreensão, colorido e eclético, amoroso como um Pai Responsável... Num ato simbólico fui fotografá-la no jardim e como sempre a minha resposta estava ali. O triângulo da Santíssima Trindade se deixou registrar sob a Bruxinha... Gosto destes sinais que só a arte e a poesia me concedem. A conversa se faz em códigos eternos: elementar e primordial...
O meu jardim está bombando em flor. O hibisco pompom, laranja-avermelhado, ao lado da rosa pink está um escândalo. As flores azuis e rosas, nativas da mata atlântica, reinam no pedaço junto com as catléias e bromélias.
Sem demagogia, estou feliz com as descobertas da minha Terceira Onda. Quando descobri, o primeiro fio de cabelo branco. Achei-o lindo. Era de ouro e está ficando prata, da cor predileta! A surpresa e a alegria saíram de dentro de mim num pulo inesperado, então, deduzi que o meu envelhecer vai ser bom. Nunca será nada pesado, mesmo que, às vezes, as minhas pernas pareçam de chumbo. Em janeiro, faço o meu último ano antes de me tornar uma idosa oficial. Documental.
Estou aprendendo a cada vez mais agradecer à Vida pelo resultado que estou colhendo. Fui eu quem fez a minha Vida. Bem ou Mal ela resultou realmente, das minhas escolhas, do meu livre-arbítrio. E, não me arrependo delas. Arrependo-me, com certeza, daquilo que deixei de fazer... Porem, como a Vida, ainda não cessou, terei outros momentos de escolha e espero estar íntegra para o discernimento correto... Esta possibilidade Cristo me concedeu...
Porém, espero acatar com mais serenidade aquilo que a Vida me oferecer e aceitar os rumos inesperados que Ela propor e que eu tenha a coragem de saciar – sempre- a minha curiosidade. Que eu consiga ir em frente, mesmo que pare nos mirantes e fique apreciando a paisagem por mais tempo que deveria... Se eu fiquei ali, parada, sem movimento, estava alimentando a alma. Nutrindo a mente. Recompondo a bagagem essencialmente necessária... O caderno e a caneta seguem comigo. Ou, para falar a linguagem contemporânea, o computador vai junto para a barranca do Mar de Lá.
Este é um desejo lúcido de vida que vou perseguir como uma náufraga que chega numa ilha boa ... Meu coração é do mangue do Mar de Lá... Sinto-me, cada vez mais caiçara. Espero que o meu caboclo e os caboclinhos também possam, um dia, gostar dali...
O melhor presente que eu poderia ter me dado foi restabelecer, no dia 25, o contato com a Comadre Dedé Landim, no Rio. Foi amor e determinação. Não poderia deixar a minha amiga tão longe de mim. Nós nos precisamos como seres contemporâneos, gente de uma mesma geração. Eu preciso da sua carioquice. Do seu ponto de vista. Da sou cabeça aberta e avançada. Sua parabólica com Bombril púrpura captando a poesia daquele apartamento do Leme. Noutros anos daquela janela víamos o movimento do Jet-set , no Meridien...
Quero que ela me conte aquilo que vê desfilando por ali. Sei que a vida simples e cotidiana, fervilha na Rua Gustavo Sampaio e as lentes da Dedé registram com a genialidade dos artistas as coisinhas do dia-a-dia, naquele edifício com cheiro de madeiras antigas, de um Rio lendário que, ainda, permanece por ali.
Somos amigas forever, mas, deixei a vida nos separar... Voltar para perto de uma amiga assim é me reencontrar, também. Uma guinada para dentro de mim. Para a minha eterna juventude. É dividir respostas... experiências... resultados... É um canal de comunicação extremamente abrangente e poderoso capaz de tornar o abstrato, concretíssimo...
Como Dedé disse: A tecnologia é uma M... porque perdemos a sensualidade da comunicação ao vivo e a cores. Em carne e osso. Nada substitui as sutilezas da comunicação presente... Viajar com Dedé nesta Estrada sempre foi evolutivo... Estamos de volta e vamos nos comunicar pela net. Está decidido. Amém!
Nesse Novo Ano estou com o Leme à mão. Não resisto ao trocadilho e aproveito para mandar “Aquele Abraço” para a minha vizinha e pedir perdão pela frustração que lhe causei por um equívoco na comunicação...Os corpos estavam na mesma rua, mas as almas moram em universos diferentes... Coisas da Vida.
Edmundo me comunica que a Dilma instituiu a República das Calcinhas e contratou seis seguranças femininas para o Dia da Posse. Observações de um machista legítimo...
São as Amazonas da Dilma, uái, que vão acompanhá-la correndo ao lado do Rolls Royce .




terça-feira, 21 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL PARANAGUÁ...

Um dos melhores presentes, principalmente para os jovens, acabamos de receber. Ou melhor: Começamos a receber. Trata-se da entrega da reforma da Santa Casa de Misericórdia, que leva o nome do falecido advogado Mário Marcondes Lobo, que abrigará um espaço cultural e uma biblioteca.
Trata-se de um acontecimento destinado à vida intelectual da nossa comunidade e serão as crianças e os jovens os grandes favorecidos. Ganhar uma biblioteca, nos dias de internet, pode parecer fora de hora, principalmente quando tantos livros estão sendo despejados das suas casas, cada vez menores e, sem espaço para abrigar as prateleiras.
Por outro lado, quem ama os livros e a leitura, sabe o real significado de uma inauguração destas. E há quem duvide, mesmo em longo prazo, da substituição digital pelo papel. E, se isto acontecer a futura biblioteca também contará com as facilidades da tecnologia e os e-livros. No entanto, segurar um livro e percorrer as suas entranhas, sentir o cheiro da tinta e a textura do papel, complementam um prazer que oferece conhecimento e turbina a imaginação.
Einstein já dizia que a imaginação é tudo porque é o princípio do desenvolvimento humano. É na imaginação que nasce a evolução da vida real e a criação da ficção.
O filho do homenageado, o superintendente do porto, Mariozinho Lobo, foi de uma felicidade emocionante em relatar a sua relação amorosa com o pai através da afinidade com os livros. Naquele momento, os laços fraternos estavam literalmente eternos e Mariozinho alcançou o pai para redimir a última divergência, talvez a única, sobre as suas preferências autorais disputadas entre Mário Vargas Llosa e Gabriel Garcia Marques. O pai dizia que Garcia Marques era o melhor autor latino-americano, o filho: Vargas Llosa, que acabou de recebeu o Nobel de Literatura e sentiu uma vontade imensa de falar ao pai sobre o acontecido. Enfim, estavam quites...
Como Mariozinho falou o pai já recebeu inúmeras honrarias em nossa cidade e até no Estado, porém esta biblioteca é a mais significativa. Além de ocupar um imóvel histórico, erguido em 1835, Paranaguá ganhou mais uma referência, desta vez, para cuidar das almas, das mentes, dos corações e do intelecto da sua população. Melhor ocupação para aquele patrimônio histórico, impossível. Acabou-se o estaleiro da dor, para irradiar a luz (sem ser um Farol, do Greca) . Uma justa homenagem a um amante dos livros que defendia a cultura com coragem.
Um dia, por ocasião do desmembramento das praias, presenciei a vinda do político e também erudito, Rafael Greca, falando da nossa realidade com a prepotência de um colonizador. A platéia estava silenciosa, como bem cabe às mentalidades colonizadas que não ousam contrariar seus “superiores”... Mas, ao meio daquela agonia, sobressaiu uma voz poderosa que não se calou. Foi a única que contestou as arbitrariedades do senhor Greca. Fiquei um tempo ouvindo, tentando imaginar quem era o corajoso que se impôs com tanta propriedade. Era Mário Marcondes Lobo, que os meus ouvidos e olhos reconheceram como um respeitável conterrâneo. Ali nasceu a minha admiração por ele.
Junto com a família, amigos e demais admiradores deste “parnanguara quatrocentão” festejei o acontecimento como um marco. Um presente maravilhoso para o Natal desta cidade que já ostentou o título de “Berço da Civilização Paranaense” e hoje, dorme numa escassez cultural imensa. Espero que este espaço cultural e a biblioteca cumpram com o seu destino e não parem, no meio do caminho, feito o Cine- teatro Raquel Costa. De que adiantou aquele investimento para as suas funções originais?



















quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A Construção de um sonho...

... Domingo de sol e de calor latejante. Tem casamento em Alexandra neste dezembro, ainda, primaveril. Tempo de o Jacatirão enfeitar a estrada que leva ao distrito. O pequeno lugar foi colonizado pelos italianos, no século 19. Entre os pioneiros, estão os Zella, cuja chácara está, hoje, com o descendente Vamir, para onde nos dirigimos.
Num cenário digno de filme americano fui cobrir o casamento da Adriana e Vamir, assim como documento tantas fotos estórias - históricas, acabei, mais uma vez ganhando uma especial. Cada evento é o seu próprio conto de fadas. Basta acreditar, confiar e entregar nas mãos de Deus. Pelo depoimento dos noivos, acontecia naquele dia, uma verdadeira manifestação de vitória. Do amor, da perseverança, da lealdade, da justiça...
O casamento era muito aguardado. Desejado.
Como especial, o dia resolver presentear os nubentes e só desaguar a chuva ensaiada, no sábado, para quando todos já buscavam o descanso dominical. Generosidades de um Pai Amoroso que não gosta de decepcionar filhos queridos. O casal realizava com júbilo, aquela boda, para a honra e glória de Deus, nas palavras, dos donos da festa. Eles se manifestaram de um jeito muito simples e bom, com valores difíceis de encontrar nos dias de hoje.
A trilha sonora era mais que perfeita para aqueles matizes do belo dia. O Carinhoso, do mestre Pixinguinha, contornava o azul da Serra do Mar. Desenhava em sons a moça sentada em baixo da árvore, o moleque correndo atrás da bola, o avozinho embalando a neta, a noiva sentada no balanço. Tudo ali fazia sentido para os sentidos.
Desde o aroma dos quitutes de Mestre Mauro ao perfume dos doces de comer também com os olhos, da Mestra Eliane. Ela buscou aprimoramento para eles, nas montanhas da Suíça. Agora, os divinos doces estavam ali entre orquídeas, ao pé da serra, no meio da Mata Atlântica que parece ser o seu verdadeiro lugar. A Música do Antonio e seus companheiros brindavam os ouvidos com pura harmonia... Aquela música não poderia ser mais prazerosa no acompanhamento do dia. Um deleite.
Creio que os gringos amam fazer casamento num dia assim: lindo, ao ar livre, para estarem, literalmente, em comunhão com a natureza e, nós, donos desta exuberância toda teimamos em ficar debaixo do teto. Está era a minha mais feliz constatação deste domingo. Uma festa assim é um verdadeiro presente para todos os presentes. Parabéns ao casal.
Convidadas engalanadas faziam bonito se protegendo do sol de raios ultravioletas com chapéus para a propícia estação. Assim como a mata estava enfeita pela cor do momento, as damas, algumas madrinhas e convidadas, além dos detalhes da decoração se inspiraram nas cores mescladas da bela árvore nativa. Lilás, roxo, violeta, branco, rosa emprestavam o tom da festa.
As orquídeas, as rosas, os lírios, delicadas ninféias aéreas, eram os personagens principais da decoração viva. Perfumada.
A cenógrafa Mary Neide, da Orange Decorações, levantou confortáveis e ventiladas tendas ao redor da mansão dos Zella, onde Vamir e Adriana puderam , concretizar um sonho de muitos anos: Casar como manda o figurino cristão e a cartilha dos românticos e enamorados. Dos sonhos sonhados por doces princesas ou ousadas heroínas da Fé...
A amiga Mary Neide confidenciou que ela e a noiva acalentaram a realização do “Sonho do Casamento da Adriana” ao longo de muitos anos. Coisa de seis ou sete anos. Foram construindo a festa, sonhando.
A noiva, confesso, desenhou-se com o perfil das grandes mulheres da Bíblia. Cuja beleza e força estão na aplicação da justiça, até mesmo, em mínimos detalhes. A preocupação e carinho dela para com cada convidado permitiu esta leitura.
Num certo momento o olhar da noiva me emocionou e senti que fiz uma foto-revelação. Ali, ao lado do seu noivo, ela olha em frente. Para um horizonte longínquo. O seu olhar está boiando lá no futuro. Num lugar para onde os visionários e confiantes costumam buscar inspiração.
Além do sonho do casamento, de consolidar a base da família ela deseja, junto com o marido, empreender outros sonhos onde ela, confessa, vai se preparar e aprender para ser uma anfitriã de primeira qualidade, inclusive para os parnanguaras e convidados... São sementes sonhadas. Aquela foto me comove porque Adriana olha para um tempo onde, só ele diz...
O tempo dirá... Aquilo que Deus abençoa!














sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Pós-contato imediato.

Sempre acreditei que tudo tem o seu tempo. Às vezes, a gente faz a hora, é verdade. Mas quando as coisas acontecem assim – no tempo certo- é um tipo de sincronicidade que se estabelece. Existe uma cumplicidade no ar. As coisas fluem. A engrenagem desemperra. Deus se estabelece e a vida vira, gira, segue também para ser gozada. Como diria o meu querido leitor, Anônimo Beto. Anônimo Beto? Que belo nome para um ótimo personagem...
Estou feliz pelo meu encontro com o blog. Aqui neste espaço, sinto que estou no meu quarto. No meu ambiente. Pode ser um exagero, mas, percebo uma coisa mais intimista, menos exposta que numa folha de jornal.
O melhor é que senti o blog como um diário de fato, que pretendo levar em frente registrando alguns ângulos de vida, sob o olhar de uma mulher comum. Pero no mucho...
Aqui vou fazer os meus registros poéticos, vulgares olhares, ensaios, literatura, jornalismo, comunicação social, colagens em geral. Uma velha paixão artística. Aqui será uma vitrine para os personagens do nosso litoral, da gente boa de Paranaguá. Penso numa fila imensa. Isto aqui é muitíssimo interessante pela possibilidade da comunicação imediata com o leitor. Tudo é novo e sedutor. Amei os primeiros recados de Nani Chemure e Beto Perna. Foram os primeiros bandeirantes chegando até mim
Antes, um medo desprezível me afastava da tecnologia. Agora, me deixei encantar, por determinação. Fui me inocular. Quero experimentar o maior de todos os efeitos da tecnologia que é a comunicação rápida. Imediata.. Ainda sou uma criança perante o universo então tenho o tempo do mundo para surfar nesta onda, que nem o (Alvim) Tofler previu.
Estou feliz Pastora das Nuvens semeando olhares cúmplices...
Noite do dia 07: No meio do cochilo ouço, no Jornal da Globo, falarem do desperdício dos grãos na safra nacional. Da soja fedida perdida nas ruas de Paranaguá. Uma comparação entre o Brasil e Estados Unidos traça a espinha dorsal da minuciosa matéria mostrando as perdas entre o campo e o porto. Fui checar, no portal G1 e não encontrei a menção do nome de Paranaguá, na matéria. Como? Acho que sonhei que mais uma vez estávamos em rede nacional como mau exemplo. Que pesadelo! Foram logo traçar parâmetros de Paranaguá com o primeiro mundo americanizado.
Tarde do dia 08 : Lá fora o céu lilás é incendiado no fim do dia. O céu estava encerrando o expediente, escandaloso, com finos véus de chiffon. Acácias mimosas salpicam o meu horizonte...
Há uma estranha combinação no ar quente e a cigarra canta que o caranguejo está correndo. Amanhã é dia.

Como eu gosto de Paranaguá em época de caranguejo. É quando Paranaguá é mais Paranaguá. Penso em reunir amigos para promovermos o banquete caiçara. Nesta gastronomia, tudo ainda é muito primitivo. Ancestral. Reluto em promover o festim porque o difícil é ouvir os bichos morrendo na água fervente. Inicialmente, matava um por um com uma faca e um soquete de feijão. Achava mais humano. Hoje, delego o cozimento dos crustáceos, enquanto dou uma volta no quintal. O quê os ouvidos não percebem, a consciência não sente na hora de chupar as patinhas gostosas, de “zoinho” fechado. Vou ver o ninho da tigitica dentro do coco.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Estou blogueira e vendedora de divulgação.

... Aviso e comunico à Praça de Fernando Amaro que estou blogueira e vendedora dos melhores produtos de vocês. Depois da entrevista do Silvio Santos, na Record, no último domingo estou mais convencida do que nunca, de estar no caminho certo. O quê foi aquilo?
Pois é. Não vou desistir nunca de perseguir o meu sonho, principalmente porque eu sei que a Vida quer e precisa que assim seja.
Retomei com determinação ao meu papel de comunicadora social, jornalista, fotógrafa, artista e empreendedora. Não necessariamente nesta ordem, mas, talvez, por uma questão de sobrevivência vou ter que colocar a empreendedora na frente e vender merchandising e visibilidade comercial, como nunca. Os outros títulos me dão o prazer.
Afinal tenho que ganhar um dinheiro justo pelo trabalho que faço e fazer render os milhares de olhos que visitam o site. Tenho gente querendo saber, o comércio querendo vender e eu querendo mostrar, então o negócio é camelar. Será que esta expressão carioca veio de camelô? Se for, vai ver que é um SSinal... Entenderam?
Preciso pagar contas e quem sabe, tirar umas férias e colocar as pernas para o ar lá no Mar de Lá. Antes vou percorrer as vitrines e procurar sugestivos presentes para os internautas do Sem Palavras. Tudo será mostrado na Galeria FIQUE POR DENTRO por uma taxa justa. Vou mostrar o que temos de bom e barato para festejar o final do ano.
Desde que assumi esta condição de blogueira, dia 3 último, estou em paz. Estou resolvendo todos os meus problemas numa tacada só.
Foi com o evento da APAE que o “ensaite” aconteceu e algumas buscas internas cessaram. Sempre fui muito mal resolvida entre o jornalismo, a arte e o comercial até aprender ao longo destes oito anos como me comportar sem atravessar a tênue fronteira que separa os assunto. Uma hora a gente apreende. O jornalismo com a arte está consolidado. Agora estou resolvendo estes assuntos com o terceiro, que estava o mais difícil.
Em, Paranaguá, de um modo em geral vejo colegas de profissão passando por muitos constrangimentos ao serem apontados como “mordedores”, quando nem sempre é assim.
Muitos “jornalistas” também atravessam este campo minado e por falta de clareza própria e convicções acabam, de fato, embrulhando mais o confuso meio. Enquanto isto muitos empresários acham que estão fazendo caridade, quando dão apoio para a divulgação. Eles estão equivocados e nós, da área, é que precisamos nos posicionar e não permitir isto porque, neste caso, apoio é negócio, é marketing, é propaganda, é estar sendo lembrado...
A primeira empresária que percebeu e assumiu profissionalmente isto para comigo foi a, Mary Neide, da Orange Decorações e, por isso, tenho para com ela um respeito e gratidão imensos.
Para mim, o jornalismo é ideal, amor à causa, compromisso de vida, sacerdócio – que é a minha base profissional – e, se não estou empregada no setor, a tendência é acabar morrendo de fome nestas bandas. A arte é a minha condição natural, onde concentro os dons que Deus me deu. A divulgação - descobri através da prática - ser o meu produto, o meu “ganha-pão”. Enfim, estou resolvida, sem vergonha de ganhar dinheiro com dignidade e sem, medo de trabalhar no sol. Muito pelo contrário, vou buscar também subsídios para o meu blog.
Assim estou uma jornalista leal à comunicação social, uma artista que conseguiu se expressar e uma vendedora criativa que vende divulgação como qualquer outro produto deve vendido.
Meu amigo Beto Perna, por exemplo, é um artista que vende seguro, oras!
Por outro lado, estou ansiosa para interagir com os meus leitores, que até agora não deram sinais de vida no blog. Sei que estão começando a chegar, pelo número dos visitantes do meu perfil, mas ninguém escreveu nada ali. Será que o meu leitor é tímido ou tem as mesmas dificuldades tecnológicas que eu? O meu seguidor número um já é o Gilberto Fernandes, mas, também não registrou nada.
Precisava me conectar urgente. Tenho vergonha, por não responder aos convites da rede social, simplesmente porque isto era (neste quesito, ainda, é) uma dificuldade e não estava a fim de vencê-la. Agora, estou. Quero. Preciso. A água está batendo na bunda então estou aprendendo a destrinchar este conhecimento para fazer bonito com os meus leitores futuristas e não ficar na mão de terceiros.
Pelos milagres da vida, sei que posso me dar muito bem com a tecnologia. Bastava o tal passo que só eu poderia ter dado e quebrar de vez o tabu de que poesia não combina com tecnologia. Gilberto Gil já tinha me avisado disso há muito tempo.
Vou tentar alimentar o blog diariamente. Vou colocar lá os assuntos que estão me mobilizando, nem que seja uma foto com algum comentário. Vou falar das minhas descobertas, em Paranaguá. Espero mostrar a minha evolução em todos os sentidos. Principalmente na tecnologia para incentivar outras mulheres como eu a entrarem neste mundo futuro que chegou invadindo o nosso como tsunami.
Como divulgadora, começo vendendo o meu peixe e convido vocês visitarem o dollypolasek.blogspot.com Sugestões e críticas construtivas sempre serão bem vindas. Gostaria que os amigos desconhecidos que fiz através do e-mail migrassem para lá porque ali, acredito, vou exercer uma interação com mais propriedade e transformar isto em trabalho.
Estou entrando de cabeça.
Antes, de mais nada, amei o meu novo título: Blogueira. Sou blogueira e, de alguma forma, estou orgulhosa! Só falta uma coisa...
...estou aguardando com uma expectativa quase infantil os primeiros contatos.
(Aproveitando o gancho e o trocadilho: Quando olho o meu blog sem vestígios, estou me sentindo uma ufóloga, olhando o céu, em busca do contato imediato de terceiro grau).
No blog vai ser mais fácil, eu sei! É uma questão de tempo e perseverança. Modéstia à parte, a perseverança, eu tenho, graças à Deus.
Até...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A MAGIA CONTINUA...

Todo esforço da equipe APAE valeu a pena. Uma produção esmerada do Magic Júnior, como já é costume, nos fez sonhar mais uma vez. Qualidade em termos de espetáculo. Muita luz cênica, produção digna de grande show. A Magia do Sanduiche que o diga. Enquanto isto acabei fazendo uma retrospectiva de 20 anos. Quanto trabalho, quanta evolução...
Se existe alguma coisa, em Paranaguá, que funciona como no primeiro mundo, creio que seja a nossa APAE. Um mérito do esforço daquela equipe de anjos – técnicos - professores. Gente comprometida até o dedão do pé.
Quando o espetáculo começa, uma das fundadoras da APAE, Selma Camargo Meira, visivelmente emocionada, senta ao meu lado e pergunta se lembro de como eles começaram a fazer o show: Singelo e despretensioso (do mesmo jeito como fizeram só a abertura deste ano). Lembro que há pouco mais de vinte anos, o meu filho Pedro e eu estivemos ali naquele universo especial.
Os depoimentos de pais sobre os seus filhos inegavelmente é de uma riqueza impar. Só quem passa, sabe. Dos preconceitos – inclusive os nossos -, das incertezas diante do filho comprometido. Crianças que não teriam nem um por cento de chance de sobreviverem ou saírem do estado vegetativo estavam ali mostrando o quanto à vida também se esforça quando tem gente se doando como aqueles pais ou profissionais. Existem milagres e milagres. Ali é estímulo, esforço, perseverança, dedicação, amor, competência... E, algum milagre dos verdadeiros, também.
Olhava a Selma, aquela mulher mignon, me fazendo sentir uma Pequena Polegar com os meus robustos 1m72. Selma é uma das mulheres que mais admiro e respeito na nossa cidade: Engajada e comprometida até o último fio de cabelo. O filho Tiago é um exemplo vivíssimo do amor e da dedicação que ela nutre. Ela é uma típica pessoa justa, nunca uma “boazinha”. (Muita gente confunde justo com bom. Quando o sinônimo vira bonzinho, então piorou).
Senti muito equilíbrio e força vindo daqueles meus irmãos durante os depoimentos. Quase todos muito bem resolvidas com a surpresa que o destino lhes concedeu; firmes, emocionantes, determinados...
Quando foi a minha vez de procurar a APAE de Paranaguá, foi a Selma que me ajudou a achar o caminho... Muitas vezes o seu olhar penetrante parafusava o meu coração frouxo e não me deixava embalar na “peninha de mim”. Eu queria colo, mas, ela me emprestou um ombro rápido e um “tapa na bunda”, para saltar em frente.
Quando o mestre é bom os discípulos também o são. Duas filhas da Selma seguem as suas pegadas na APAE. Tem coisas que estão no DNA, no sangue e no coração. Amém!
Além do escuro do ginásio e da cegueira natural, quase não via ninguém a não ser a Borboleta Amanda voando entre as flores; a minha ex-vizinha, a professora Cristina, magra, loira e linda; a diretora Marisa Barbosa correndo para lá e para cá para a peteca não cair mantendo impecável o espetáculo.
Dizer parabéns para a equipe da APAE, alunos e pais é muito pouco. Estou literalmente sem palavras.
Obrigada por tudo aquilo que vocês já fizeram, fazem e farão, sempre, porque a magia continuará enquanto houver gente – como vocês - disposta a mantê-la. Nas próximas gerações, quando os ciclos se repetirem, virão mais crianças precisando de atenção e carinho especial, outros pais precisando de acolhida e - mais que amparados – serão orientados por esta raça especial de profissionais...
... APAExonados, vocês oferecem esperança ao mundo! Não foi por acaso que a Magia do Tempo trazia a presença de Jesus Cristo. O amado Mestre que nos pediu para dar uma salgadinha nesta vida sem graça e jogar luz no palco.
A Magia do Tempo se repetiu e vinte e um ano se passaram...
Vocês brilharam como uma Constelação de primeira grandeza.
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Um especial agradecimento aos meus patrocinadores que me permitem trabalhar com dignidade e mostrar aquilo de bom que existe aqui em Paranaguá. Nesse evento: Mazur Veículos, Embalabem, Ângelas Confecções e a Casa das Flores.
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Hoje, ao abrir a minha caixa de mensagem encontrei esta, de uma amiga muito querida que resume tudo aquilo que a APAE significa para nós e ao Brasil.
.. OI, amiga Dolly,
...deveria ter me esforçado e ter ido na APAE, pois ELES, através do nosso DEUS , nos fazem perceber quanto é bom viver, na presença de DEUS, e quanto somos egoístas, e pequenos perante este mundo-cão . Divulgue a APAE PARANGUÁ
AO MUNDO ATRAVÉS DO TEU TRABALHO, POIS NÃO CONSIGO ENTENDER COMO QUEREM ACABAR COM ESTA INSTITUIÇÃO QUE APESAR DE SER BRASILEIRA É HONESTA, INTEGRA E LÁ SÓ TRABALHA QUEM TEM MUITO AMOR PARA DAR E VENDER.
DEVERÍAMOS CRIAR UM PLEBISCITO VIRTUAL, PARA QUE O BRASIL PUDESSE
OPINAR, A RESPEITO DA INCLUSÃO NAS ESCOLAS NORMAIS, ONDE NEM TODOS
ESPECIAIS, PODEM FREQUENTAR, E ONDE NÃO TEM PESSOAS COMO AS QUE VÃO
TRABALHAR NA APAE. É O CASO DO MEU NETO, QUE É COMO DISSERAM AS
PROFISSIONAIS DA APAE ONDE ELE FOI AVALIADO, QUE O CASO DELE, É UM
GRÃO DE AREIA....MAIS A ESCOLA QUE ELE ESTUDA, DEIXOU QUE UMA MÃE SEM
AMOR, PUDESSE FAZER UM ABAIXO ASSINADO PARA TIRÁ-LO DA ESCOLA.
TRISTE, MUITO TRISTE, ESTAS SÃO AS ESCOLAS QUE O NOSSO GOVERNO
QUER QUE TENHAMOS INCLUSÃO, IMPOSSIVEL...